Vilca Edições 
Ser e Saber

JOAQUIM ALICE

Autor dos poemas que compõem os oito livros do Box Literário ... do mais profundo de (todos) nós, Joaquim Alice é o pseudônimo escolhido pelo poeta e filósofo açoriano, filho de pais portugueses também nascidos no Arquipélago dos Açores, que optou por não usar seu nome de batismo,

Em parceria com Vilca Marlene Merizio, que organizou e escreveu as intoduções e notas de cada um dos oito livros, Joaquim Alice oferece ao público os seguintes livros no formato ebook:
[1] ... do mais pro fundo de mim ISBN 978-65-88719-05-3 
[2] … do mais profundo de nós (os dois) ISBN 978-65-88719-11-4
[3] ... do mais profundo de (minha) emoção ISBN 978-65-88719-03-9 
[4] ... do mais profundo do (meu) coração ISBN 978-65-88719-09-1
[5] ... do mais profundo de (minha) intenção. ISBN 978-65-88719-04-6-0
6] ... do mais profundo de (minha) consciência
ISBN 978-65-88719-07-7
[7] ... do mais profundo da (nossa) essência ISBN 978-65-88719-06-
[8] ... o TODO em TODOS nós, no estado perfeito do UM ISBN 978-65-88719-10-7

Alguns de seus “escritos” vêm sendo apreciados e estudados em Santa Catarina, Brasil, desde o tempo em que sua produção era apresentada como sendo de autoria de Lams ou de Monge, nome que deu título a um de seus poemas, incluído no Livro TRÊS da coleção que ora se apresenta:

                                  MONGE

              Este modo-de-ser é já tão velho,
                                sabido, sentido,
                sensato, pensado, punido,
                ... de monge (sem ordem…),
             apenas da VIDA que se adivinha,
                                 Monge...
               … sofrido ao ponto da alegria…
                            (dele) ter nascido.


Entretanto, foi há poucos anos, exatamente no caminho que leva ao interior de uma das ilhas do Arquipélago dos Açores, que o autor, pessoalmente, assumindo-se como Joaquim Alice, manifestou sua anuência para continuarmos a trabalhar em sua obra, a qual eu já vinha apreciando e estimulando desde o início deste século, sob alcunhas diversas.

Seus poemas dispersos, ou em conjunto, agrupados por temas específicos, já foram matéria de estudo para alunos de Licenciatura em Letras do Curso de Graduação Magister I (2003-2004) da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, em Palhoça, SC, Brasil, que, estimulados pela sua Poesia, criaram seus próprios poemas e os publicaram num Varal Literário na área cultural do Hall de Entrada da UNISUl, depois agrupados em caderno (Criação poética a partir da leitura dos poemas de LAMS, depositado na Biblioteca Central da referida universidade.

Também seus poemas foram declamados em diversos saraus, recitais e encontros em academias, grupos e associações literárias catarinenses. Eu mesma escrevi, motivada pelo seu dizer, o conto “Lembranças de amor”, as “Quarenta e Nove Qualidades – exercício de perdão(in Açores ... de Memória, 2004), duas peças de teatro e, entre outros, os poemas “Deixa-me dizer-te que te amo”, “Quem me traz alecrim?”, “Divina Roda Cósmica”, “Sou Chuva que passa”, “Nada mais há que eu possa fazer (Merizio, Janelas da Alma, livro de afetos e desejos, 2011).

Igualmente, a poesia de Joaquim Alice, ainda com o codinome de LAMS, foi tema da comunicação "Escritores por Revelar", que apresentei no XIX Colóquio da Lusofonia, Freguesia da Maia, na Ilha de São Miguel, Açores, Portugal, no dia 16 de marco de 2013, quando eu disse:

“Causou-me surpresa, num evento internacional de mulheres ocorrido em Curitiba, no ano passado, um excerto de um dos poemas de LAMS ter sido citado como ilustração de uma palestra. Portanto, LAMS, autor açoriano já é conhecido (e amado) no Brasil, embora resista, talvez por modéstia e timidez, a assumir a autoria da sua vasta produção literária".

Escrevi e disse, ainda: “O que, na verdade, importa para o universo literário é a luz que se espalha de seus versos, a verdade das suas emoções, a poetização do cotidiano de um ilhéu que, com sua linguagem plasmadora (na expressão de Joahnes Pfeiffer (1954, p. 96), toca o coração dos leitores ao serem motivados também para a escrita, não no sentido de escrevivência (literatura utilitária), como diria Davi Mourão-Ferreira, mas envolvidos misticamente pelos “mistérios da poesia” (e aqui cito João Gaspar Simões, 1931), que se expandem ilimitadamente na direção do outro e refluem para a origem num círculo criativo de imagens e emoções. E essa forma de incontida emoção compartilhada alimenta o eu lírico de LAMS na medida que vê saciada sua verdade ao receber de volta respostas que satisfazem seu anseio de estimular as pessoas para a descoberta do seu potencial interno ancorado no BEM.” (Merizio, Dá ROSAS, ROSAS, a quem sonha rosas. Sobre alguns poetas, escritores e artistas brasileiros e portugueses, 2013, p. 313-325).

Assim, não importa se o autor costuma apresentar seus versos como Monge, LAMS ou Joaquim Alice, as emoções expressas pelos seus sentires traduzidas em palavras simples do cotidiano ganham amplitude e ressonância quando atingem o nosso coração de leitor-autor, porque é com ele, a partir dele e por causa dele, que todos nós, por atração e semelhança, tornamo-nos poetas e criamos a nossa própria poesia. (Merizio)